quinta-feira, 29 de abril de 2010

Contextualização do MUII

Contextualização

É na história que ficam guardadas as características e os saberes de um povo. Materiais concretos, fotos e escritos ficam com a tarefa de comprovar a história. Mas o que fazer quando uma história que parece não ter existido, pois sua memória não está mais nas conversas e nos debates das novas gerações que, querendo ou não, sofreram e/ou sofrem influências dos acontecimentos do passado?

Sem dúvida espalhados pelos quatro cantos do mundo histórias se perdem no tempo. Terras, conceitos religiosos e civis, valores e identidades culturais vão junto, inevitavelmente. O exemplo do povo curdo, que teria tido seu país o Curdistão, não tem como provar. Infelizmente o resgate de histórias assim pode ser um trabalho tão longo que outras histórias tomariam o lugar da que ficou esquecida. Porém as mais específicas, de povos menores, mais concentrados, que ainda possuem remanescentes, seriam, bem provavelmente, mais fáceis de contar.

Por que Itabirito

Itabirito, cidade há 52 km de Belo Horizonte, tem tudo pra não deixar sua história morrer, cair no esquecimento. A história da população rural é de suma importância, uma vez que, foi dela que a cidade nasceu; é nela que estão suas raízes. Da história da população rural e da cultura que essa engloba, só se encontram resquícios, nos antigos tablóides municipais, pouco lidos pela população, que cada vez mais perdem o forte referencial político que já houve por vários anos na cidade através da antiga Associação Rural de Itabirito.

A realização desse projeto contribuirá ativamente não só para o resgate da história e da identidade cultural da população rural como também para sua manutenção através da criação de um eco-museu ou museu comunitário que terá sede na antiga usina de farinha de mandioca pertencente à família Minardi que já disponibilizou o espaço localizado no bairro “Chancudo de cima” com estrada independente de acesso.

A forte atenção que o município tem voltado para o estímulo ao turismo, a conservação do patrimônio histórico local e o resgate da importância da cultura na vida da população (
www.itabirito.mg.gov) são as principais bases de sustentação para a viabilidade do projeto que ainda conta com dois outros fortes pilares. O primeiro pilar refere-se à abertura, em termos de incentivos concretos, por parte do Governo Federal através da “Política Nacional de museus”. Segundo o até então Ministro da Cultura Gilberto Gil (http://www.cultura.gov.br/politicas/museus) "A Política Nacional de Museus, portanto, tem em suas bases o reflexo de uma multiplicidade de vozes, uma vez que construída a várias mãos. Esse processo que agora se inicia referencia exatamente a diversidade e a complexidade cultural do país. É essa diversidade que fortalece o setor museológico e busca nela a força criativa, necessária na estruturação da política cultural. Esses momentos demonstram que, sem dúvida, a esperança vem a cada dia vencendo o medo."

No endereço eletrônico do Ministério da Cultura (
http://www.cultura.gov.br/politicas/identidade_e_diversidade) as expressões de que “Os direitos culturais fazem parte dos direitos humanos e a dimensão cultural é indispensável e estratégica para qualquer projeto de desenvolvimento” fica claro. Além do que, pela Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural “os indivíduos e grupos devem ter garantidas as condições de criar e difundir suas expressões culturais; o direito à educação e à formação de qualidade que respeite sua identidade cultural; a possibilidade de participar da vida cultural de sua preferência e exercer e fruir suas próprias práticas culturais, desde que respeitados os limites dos direitos humanos. O direito à diferença, e à construção individual e coletiva das identidades através das expressões culturais é elemento fundamental da promoção de uma cultura de paz.”

No mesmo site, Álvaro Magalhães afirma a partir de debates internos na SID/MinC, especialemente com Ricardo Lima e Sérgio Mamberti que “No plano das relações internacionais, os Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores têm trabalhado em conjunto em prol da chamada Convenção da UNESCO sobre Diversidade Cultural, através da qual os países assumirão uma série de compromissos em torno da promoção e da proteção da diversidade cultural. É fundamental que os mecanismos ativos de política cultural sejam fortalecidos no nível das relações internacionais. Para o Governo brasileiro, proteger e promover as expressões culturais em sua diversidade é direito legítimo dos cidadãos, da sociedade civil e dos estados nacionais.”

O segundo pilar diz respeito às políticas públicas do estado de Minas Gerais que têm como suporte os investimentos já previstos e expostos no PPAG - Plano Pluri Anual de Ação Governamental - neste mesmo ano de 2007, especificamente para os museus.

Quanto ao tipo de museu a ser implantado, no caso um “ecomuseu” ou museu comunitário, o projeto se justifica uma vez que no contexto museal eles já são reconhecidos como museus possíveis e autênticos, saídos das necessidades culturais de cada comunidade.

Projs. Destaque - 1o. Semestre 2010

O Museu Itinerande de Itabirito buscará participar de editais que possam gerar recursos para viabilizar a implementação dos seguntes projetos, no primeiro semestre de 2010:



  1. Criação e Oficialização do MUII e sua imagem
  2. Seminário de Difusão e Manifetação da Arte em Itabirito
  3. Projeto Produtores Rurais de Itabirito em Ação

A participação do MUII em alguns editais já disponiveis está prevista para as datas:

08/04/2010 - Edital do MinC e da Fundart: Incentivo de 55mil [Proj. 2: A ser implentado em até 5 meses] http://seminariodedifusaoartistica.blogspot.com/

08/04/2010 - Edital da Petrobrás: Incentivo de 1.450mil [Proj. 3: A ser implementado em até 24 meses]

Colaboradores

Idealizadora: Tatiana Lima Minardi

Suporte e consultoria em gestão de projetos: Cristiane Melo

Arquiteto e colaborador: Kadi

RH e Gestão de Pessoas: Vânia Minardi

Missão do Museu

Garantir a fomentação e o desenvolvimento de ações sociais, voltadas à cultura, à arte, ao registro e à manutenção da história e da identidade de Itabirito, transformando a cidade em referência da replicação desta identidade.